O Supremo Tribunal Federal acaba de proclamar que as uniões homo afetivas no Brasil são tão legais quanto as uniões hétero afetivas.
Quando assistia, na internet, a sessão histórica do STF, em alguns momentos passava como que um filme na minha cabeça... Começando principalmente na minha adolescência quando eu morria de medo que me descobrissem...
Quando entrei na universidade, conheci outras pessoas que se sentiam como eu, mas como muitos, não demos asas ao medo e começamos a nos reunir e refutar publicações matutinas e vespertinas do Recife que, quando noticiavam assassinatos de homossexuais, tratavam os assassinos como heróis, enquanto que as vítimas eram tratadas como culpadas pela sua própria (má)sorte.
Passamos, uma porrada de jovens com idades entre os vinte e poucos anos, a nos reunir para lutar pelos nossos direitos de cidadãos homossexuais...
Em 1985, uma grande conquista: o não reconhecimento, por parte do nosso Conselho Federal de Medicina, do código 302.0, da “Classificação Internacional de Doenças”, que tratava a homossexualidade como “Desvio e transtorno sexual”. Cinco anos depois, as novas Constituições Estaduais e as novíssimas Leis Orgânicas Municipais, foram publicadas, muitas delas com citações à questão da “orientação sexual”, como a Lei Orgânica de Olinda, no seu Artigo 7º, §1º.
Estou pensando agora nos nossos(as) amigos(as) já falecidos(as) e que tanto lutaram pelos direitos dos cidadãos e cidadãs homossexuais: Zé Popó, Sávio Regueira, Onildo Leite, Vilma Lessa, Bernot Sanches, João Antônio Mascarenhas, Gasparino Damatta, entre outros...
Meus queridos e minha querida, queria comemorar com vocês também este momento!
À saúde dos que ainda estão vivos. Que possamos ver o Congresso Nacional, finalmente, fazer a sua parte, que já está muito atrasado, discutindo se lei protegendo os LGBTs fere “liberdades de expressão”, já que o STF disse hoje que nenhum preceito religioso, entr outras coisas pode estar acima da Constituição!
Tin-tin!
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